segunda-feira, 30 de março de 2015

A subserviência dos prevaricadores do parlamento

O vereador Ricardo Aguiar anunciou na semana passada que iria ingressar com um pedido de instauração de um Comissão Processante com o afastamento imediato da prefeita por noventa dias até a apuração e julgamento da CP. 
E ele cumpriu com o prometido e fez com que a sociedade mais uma vez pudesse avaliar quem tem responsabilidade com o cargo confiado nas urnas em 2012, e quem está comprometido até a alma com os esquemas de corrupção na prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana.

O objeto da denúncia foi fundamentado nas convocações e requerimentos de informações não atendidas ou justificadas pelo poder executivo, o que viola de maneira indiscutível os incisos I e III do Artigo 4º do Decreto Lei 201 de 1967, passível de cassação do mandato da prefeita pelo desprezo institucional observado pelo vereador denunciante.

Diante da surpresa do requerimento que foi protocolado momentos antes da sessão, os vereadores da base governista se mostraram atônitos com a leitura do requerimento, e quando foi lido o pedido de afastamento imediato da prefeita eles entraram em pânico, com um deles disparando ligações em seu celular.

O presidente da casa suspendeu a sessão por dez minutos para consultar o jurídico da câmara que se posicionou pelo prosseguimento normal submetendo a denúncia para votação na plenária da casa, no entanto os governistas argumentavam que os requerimentos citados na denúncia teriam sido respondidos pelo executivo, porém nenhum dos ofícios relacionados foram encontrados.

O presidente submeteu a matéria a votação alertando que para a aceitação da denúncia haveria a necessidade de nove votos, representando assim a maioria absoluta da plenária que se manifestou em cinco votos favoráveis a instauração da Comissão Processante e pelo afastamento da prefeita nos vereadores Paulo Salim, Moacir Almeida, Eliomar Oliveira, Celso Rezende e Leonardo Dutra. Ricardo Aguiar por ser o denunciante ficou de fora da votação de acordo com o Artigo 5º do Decreto lei 2012/1967.

Votaram pela rejeição da denúncia os vereadores Hamilton Borges, Waldeir Chrisostomo, Sérgio Crizóstomo, Clério Tadeu e Carlos Ney, ficando assim bem delineado quem se conduz pela subserviência pelo poder executivo. 

Esses cinco vereadores que jogaram mais sujeira para debaixo de seus tapetes terão pela frente novos pedidos de instauração de Comissões Processantes, e os mesmos permanecerão se afundando no lamaçal da prefeita demonstrando muito claramente que eles confiam plenamente na impunidade, além de se manterem totalmente distantes dos interesses da coletividade