Vereador no uso da tribuna
fez proveito da estratégia governista em tentar mobilizar a opinião pública dos
comerciantes e comerciários com a oferta de injeção de R$ 598.000,00 no mercado
interno de Bom Jesus do Itabapoana, porém o mesmo governo não detalha que tal
valor será “injetado” em partes e ao longo de no mínimo 20 meses.
O valor total do convênio
diluído em vinte meses totaliza mensalmente R$ 29.900,00 mensais, sendo que
temos que relevar que do total conveniado entre união e município, algo em torno
de 85% será investido em contratação de pessoal tendo assim termos que descontar
os encargos trabalhistas que não circulam em nosso comércio.
Ainda temos que considerar a
hipótese de empresas de fora de Bom Jesus do Itabapoana que venham a vencer as
licitações dos materiais de consumo e bens permanentes previstos no projeto,
fato corriqueiro nos esquemas licitatórios existentes atualmente.
Diante dessas possibilidades
e fatos calculados, podemos mensurar que na prática, este projeto teria o
potencial de injetar diretamente em nosso comércio no máximo uns R$ 20.000,00
por mês, e mesmo assim durante vinte meses, sem a garantia de continuidade.
Por outro lado, se o governo
concedesse algo em torno de 7,2% de reajuste salarial e incrementasse o cartão
alimentação para R$ 200,00, propostas feitas e não cumpridas pelo próprio
executivo em 2013, segundo cálculos da equipe econômica na época, nosso comércio seria
beneficiado com uma injeção DIRETA de aproximadamente R$ 300.000,00 todos os
meses, ou R$ 6.000.000,00 ao longo de vinte meses.
Cabe salientar que o cenário
econômico da prefeitura atualmente está propício ao executivo oferecer aos
servidores uma proposta superior ao que foi ofertado em 2013, bastando
recordarmos que na época o percentual da folha no orçamento estava na ordem de
49% e hoje se encontra com 44.7%, sem contar com o superávit de quase sete
milhões do primeiro quadrimestre que superou e muito o resultado de 2013.
Conforme toda sociedade tem
acompanhado os debates sobre a brutal desvalorização dos servidores, o governo
somente não concede um reajuste decente porque não quer, age como se o
município fosse uma propriedade provada com fins lucrativos, assim como toda
sociedade já entendeu que o reajuste dos servidores não beneficia somente o
funcionalismo, e sim todo comércio e os contribuintes com a melhora da
qualidade dos serviços públicos com os servidores estimulados.