segunda-feira, 1 de junho de 2015

Manobra governista para trocar relator de comissão permanente

O governo tem dois projetos de considerável montante financeiro conveniado com o governo federal, um é o PELC na ordem de R$ 598.000,00 e o projeto da construção da estação de tratamento de água do Bom Jardim avaliado em aproximadamente R$ 1.500.000,00. Em ambos os casos o relator da Comissão Permanente de Constituição, Justiça e Redação aguarda informações detalhadas de ambos os projetos para exarar seu parecer, e como o relator é o vereador Ricardo Aguiar, o executivo tem que explicar muito detalhadamente a viabilidade do projeto elaborado pelo governo.

Diante da intransigência de Aguiar para apreciar os projetos, o vereador Clério Tadeu recorreu ao Artigo 43 do regimento interno da câmara para substituir o relator da comissão em face de uma suposta morosidade não justificada por parte do relator, que de imediato questionou o presidente sobre o fato lembrando a todos que o executivo não enviou os esclarecimentos e informações detalhadas solicitadas pela comissão.
Em questão de ordem solicitada, o líder do governo Clério Tadeu justificou o requerimento alegando que o município estaria sob risco de perder os convênios devido a não aprovação dos mesmos.

Assista no vídeo abaixo a discussão do fato


Cabe registrar que o líder governita Clério Tadeu mentiu e fez a mesma pressão que o executivo fez com legislativo em maio de 2012 quando chamou a Inter TV para fazer uma reportagem em que o município corria o risco de perder o convênio da obra de saneamento do bairro Lia Márcia que ainda não tinha sido votado, na época o presidente da câmara, Samuel Júnior, não cedeu a pressão e o projeto somente foi votado em novembro de 2012.
Mesmo com o projeto sendo votado em novembro de 2012, o governo somente iniciou a obra em outubro de 2013, quase um ano depois, e o resultado todos estão acompanhando, inclusive a Polícia Federal.


No caso do convênio do PELC, o município não corre risco algum de perder este importante projeto esportivo, o fim da vigência do convênio está datada em 27 de janeiro de 2017 conforme imagem acima e até lá o executivo terá todo tempo suficiente para enviar ao legislativo todos os esclarecimentos necessários. 

No caso do convênio da ETA do Bom Jardim o mesmo sequer consta no portal da transparência da União como convênio consolidado.
Esta manobra do governista Clério Tadeu somente potencializa as suspeitas sobre a lisura desses projetos, somente alerta sobre a existência de outras intenções muito distantes do interesse público, bastava o governo explicar com detalhes a viabilidade do projeto e se comprovada a lisura e a legalidade o mesmo será aprovado sem dúvidas, no entanto, o governo ao tentar substituir o relator da comissão permanente somente nos deixa mais antenados ainda nesses projetos.