O governo tem dois projetos de considerável montante
financeiro conveniado com o governo federal, um é o PELC na ordem de R$
598.000,00 e o projeto da construção da estação de tratamento de água do Bom
Jardim avaliado em aproximadamente R$ 1.500.000,00. Em ambos os casos o relator
da Comissão Permanente de Constituição, Justiça e Redação aguarda informações
detalhadas de ambos os projetos para exarar seu parecer, e como o relator é o
vereador Ricardo Aguiar, o executivo tem que explicar muito detalhadamente a
viabilidade do projeto elaborado pelo governo.
Diante da intransigência de Aguiar para apreciar os projetos,
o vereador Clério Tadeu recorreu ao Artigo 43 do regimento interno da câmara
para substituir o relator da comissão em face de uma suposta morosidade não
justificada por parte do relator, que de imediato questionou o presidente sobre
o fato lembrando a todos que o executivo não enviou os esclarecimentos e informações
detalhadas solicitadas pela comissão.
Em questão de ordem solicitada, o líder do governo Clério
Tadeu justificou o requerimento alegando que o município estaria sob risco de
perder os convênios devido a não aprovação dos mesmos.
Assista no vídeo abaixo a discussão do fato
Cabe registrar que o líder governita Clério Tadeu mentiu e fez a mesma pressão que o
executivo fez com legislativo em maio de 2012 quando chamou a Inter TV para
fazer uma reportagem em que o município corria o risco de perder o convênio da
obra de saneamento do bairro Lia Márcia que ainda não tinha sido votado, na
época o presidente da câmara, Samuel Júnior, não cedeu a pressão e o projeto
somente foi votado em novembro de 2012.
Mesmo com o projeto sendo votado em novembro de 2012, o governo
somente iniciou a obra em outubro de 2013, quase um ano depois, e o resultado
todos estão acompanhando, inclusive a Polícia Federal.
No caso do convênio do PELC, o município não corre risco
algum de perder este importante projeto esportivo, o fim da vigência do
convênio está datada em 27 de janeiro de 2017 conforme imagem acima e até lá o executivo terá todo
tempo suficiente para enviar ao legislativo todos os esclarecimentos necessários.
No caso do convênio da ETA do Bom Jardim o mesmo sequer consta no portal da transparência da União como convênio consolidado.
Esta manobra do governista Clério Tadeu somente potencializa
as suspeitas sobre a lisura desses projetos, somente alerta sobre a existência
de outras intenções muito distantes do interesse público, bastava o governo
explicar com detalhes a viabilidade do projeto e se comprovada a lisura e a
legalidade o mesmo será aprovado sem dúvidas, no entanto, o governo ao tentar
substituir o relator da comissão permanente somente nos deixa mais antenados
ainda nesses projetos.