Contribuinte lesado pelo poder legislativo

Nosso Poder Legislativo conta com 13 vereadores, para uma sessão ordinária ser realizada, nela deve ter um quórum mínimo de sete desses presentes, e mesmo com tantos vereadores em nossa câmara, nesta quinta-feira (06/08) não houve sessão por não haver número mínimo legal de vereadores presentes na casa de leis.

Uma total falta de respeito com todos os contribuintes bom-jesuenses, e principalmente aqueles que foram pessoalmente assistir a reunião na sala de sessões da câmara, que nesta quinta-feira contava com público presente e variado, pois tivemos presentes dois presidentes de sindicatos, um presidente de associação de moradores, além de outros cidadãos interessados pela administração pública.

A falta de diálogo entre vereadores de diferentes posições políticas na câmara, leva a situações como esta em que não há uma preocupação mútua entre eles pela garantia da realização das sessões, mesa diretora deveria no mínimo estabelecer um procedimento regimental de forma que garanta a realização das sessões, algo como pedir algum servidor da secretaria para as 17:00 h entrar em contato com todos os vereadores e verificar quais estarão presentes.

O que se espera é um mínimo de zelo com o erário público, e deixar de realizar uma sessão por falta de quórum com tantas demandas a serem resolvidas é uma afronta com os contribuintes.

Os vereadores presentes foram Luciano Nunes, Eliomar Oliveira, Celso Rezende, Moacir Almeida, Paulo Salim e Leonardo Dutra, os demais que se ausentaram não por coincidência são notados católicos fervorosos, e dia 06 de agosto é o dia do Nosso Senhor Bom Jesus, padroeiro do município, os faltosos foram Clério Tadeu, Waldeir Chrisostomo, Sérgio Crizóstomo, Ricardo Aguiar, Paulo Pimentel , Carlos Ney e Hamilton Borges, que também faltou a sessão de segunda-feira.

Porém tal tradição somente se aplica a comunidade católica, ficando assim os contribuintes protestantes bancando os salários desses vereadores que por ventura participaram dos eventos religiosos deste seis de agosto.

A partir do momento em que o presidente encerra uma sessão convidando a todos para comparecerem na sessão seguinte, inclusive especificando a data como sempre faz o presidente, esta sessão tem que ser realizada de qualquer maneira, não cabe o vereador se levar por conta de rumores que possam ter corrido, pois o contribuinte exige respeito, pois ele está oficialmente convidado, e no caso desta quinta-feira os que se fizeram presentes perderam a viagem.

Os vereadores que participaram de algum evento católico nesta quinta-feira deveriam entender que em respeito aos contribuintes não católicos, os mesmos poderiam enviar suas famílias como seus representantes nos eventos religiosos, e na tribuna mencionar a data e justificar a ausência devido ao respeito com os contribuintes que se fizeram presentes nesta sessão naufragada.