Na sessão ordinária de
quinta-feira (20/08), o presidente da câmara ao encerrar os trabalhos
legislativos se pronunciou a respeito do impasse envolvendo o reajuste salarial
dos servidores públicos municipais, ele comunicou a todos que criou uma
comissão técnica com formada por dois servidores da câmara para realizarem um
estudo de viabilidade financeira para o reajuste do funcionalismo.
A iniciativa demonstra que o
presidente do poder legislativo está minimamente preocupado com a situação dos
servidores, e que não desistiu das negativas da prefeita, por outro lado, esta
iniciativa necessária aponta que as relações institucionais entre os citados
poderes estão esfaceladas no que tange a confiança e credibilidade.
Se a situação requer que o
presidente da câmara forme uma comissão para estudar as contas do poder
executivo, é o mais claro sinal da total falta de credibilidade de todos os
argumentos apresentados pelo governo, e existe razões suficientes para essa
desconfiança, o governo insiste em sustentar a mentirosa queda de repasses que
incidem na folha salarial, o que já foi amplamente desmascarado com a
divulgação dos números oficiais do governo federal.
A única receita do município
que teve uma acentuada queda foi nos repasses dos royalties feitos pelo governo
do estado, a queda dos royalties da união não foram acima dos 20% em média,
porém se o governo se agarra na queda dos royalties para justificar o não
reajuste, este tem que ser indiciado por improbidade administrativa em admitir
que utiliza recursos indenizatórios dos royalties de petróleo para custear o
pagamento dos servidores.